A escassez de notícias nesta época do ano reabre a temporada em que a devolução ao Executivo do dinheiro que os presidentes das câmaras municipais não conseguiram gastar é admirada pela imprensa preguiçosa como rara proeza de austeridade na administração pública. Todavia, basta uma pesquisa no Google (termos ‘câmara devolve executivo’) para mostrar que em qualquer lugar do Brasil sobram reais aos legislativos. (É um problema legal, constitucional, que o Congresso Nacional não se atreve a resolver.) Em 2009 foi assim:
Brusque - SC - R$ 155 mil
Sacramento – MG - R$ 800 mil
Farroupilha – RS - R$ 700 mil
Tupã – SP - R$ 1 milhão
Rio Grande – RS - R$ 600 mil
Ribeirão Preto – SP - R$ 6 milhões
Uruguaiana - RS – 1.3 milhões
Gramado – RS - R$ 955 mil
Itabira – MG - 2 milhões
São Lourenço d’Oeste – SC - R$ 250 mil
Palotina - PR - 539 mil
Cachoeira do Sul – RS - R$ 495 mil
Caxias do Sul - RS - R$ 4 milhões
Não quero aqui criticar por criticar o gesto da vereadora Nerai Kaufmann (PSDB). É melhor devolver do que gastar até o último centavo - como fez o vereador Kiko Barbará, do PMDB, quando presidente, em 2006 ou 2007, não lembro. Mas por quê deixou acumularem as sobras em vez de devolvê-las mensalmente?
Sei que o procedimento é usual na Casa, mas são recursos que fazem falta ao Executivo, Senhores Vereadores! E que não teriam a destinação que teriam se os gestores fossem Caio Riela ou Neito Bonotto ...
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