quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

CÂMARAS NÃO CONSEGUEM GASTAR TUDO

A escassez de notícias nesta época do ano reabre a temporada em que a devolução ao Executivo do dinheiro que os presidentes das câmaras municipais não conseguiram gastar é admirada pela imprensa preguiçosa como rara proeza de austeridade na administração pública. Todavia, basta uma pesquisa no Google (termos ‘câmara devolve executivo’) para mostrar que em qualquer lugar do Brasil sobram reais aos legislativos. (É um problema legal, constitucional, que o Congresso Nacional não se atreve a resolver.) Em 2009 foi assim:

Patos - MG - R$ 450 mil

Brusque - SC - R$ 155 mil

Sacramento – MG - R$ 800 mil

Farroupilha – RS - R$ 700 mil

Tupã – SP - R$ 1 milhão

Rio Grande – RS - R$ 600 mil

Ribeirão Preto – SP - R$ 6 milhões

Uruguaiana - RS – 1.3 milhões

Gramado – RS - R$ 955 mil

Itabira – MG - 2 milhões

São Lourenço d’Oeste – SC - R$ 250 mil

Palotina - PR - 539 mil

Cachoeira do Sul – RS - R$ 495 mil

Caxias do Sul - RS - R$ 4 milhões

Não quero aqui criticar por criticar o gesto da vereadora Nerai Kaufmann (PSDB). É melhor devolver do que gastar até o último centavo - como fez o vereador Kiko Barbará, do PMDB, quando presidente, em 2006 ou 2007, não lembro. Mas por quê deixou acumularem as sobras em vez de devolvê-las mensalmente?

Sei que o procedimento é usual na Casa, mas são recursos que fazem falta ao Executivo, Senhores Vereadores! E que não teriam a destinação que teriam se os gestores fossem Caio Riela ou Neito Bonotto ...

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