
Adequada aos dias que chegam e reveladora de invulgar sensibilidade a coluna de Gilberto Scopel de Morais no Jornal do Povo, de Cachoeira do Sul:
Buscando a felicidade
Buscando a felicidade
Gilberto Scopel de Morais
O tema de hoje veio de uma bela mensagem recebida de mais um amigo, Celio Mann. Metade dos argumentos é minha, metade não
“Depois de ter cumprido com muitos desafios, de ter vencido na profissão e encaminhado os filhos, quem não gostaria de uma vida simples e sem complicações? Que tal um adeus definitivo aos compromissos inadiáveis, aos horários marcados, às contas a pagar, jogos de interesse, vaidades e conflitos? Um abandono voluntário antes do compulsório? Vou me curar das fofocas, doenças da sociedade, angústias e depressões. Quero me libertar da tensão crônica dos jornais e noticiosos.
Vivemos no vício da agitação que precisa atribuir um valor monetário a tudo que existe, sem lembrar que ninguém sentirá falta do nosso afastamento. Quem precisa das periódicas constatações de que tudo é vão e inútil quando nos despedimos de pessoas queridas e uma parte de nós segue com elas? De que serve esta maneira de viver que não entendo?
Era tão bom aquele tempo de criança em que simplesmente Deus estava no céu, tudo direitinho no mundo e podíamos sonhar com uma viagem de barco com vento ameno deslizando em direção ao sol. Para onde foi aquele eu que atirava pedrinhas na água com tempo de ver os círculos se formarem e deitava na grama para olhar as nuvens mudando de forma enquanto corriam para o horizonte? Para onde me leva esta pressa? Quero voltar para os dias em que só precisava aprender a tabuada, o nome das cores e não me incomodar com mais nada, pois não tinha a menor ideia de tudo que não sabia.
Vou voltar para o tempo de felicidade em que brincava comigo mesmo até que a mãe me chamasse. Bom mesmo era quando ignorava a existência das coisas que podiam me preocupar e acreditava no poder dos sorrisos, da simpatia, da franqueza e das palavras gentis. Vou voltar a fazer castelos de areia sem lembrar que nada valem em termo de dinheiro. A partir de hoje demito-me da condição de adulto e convido a quem interessar possa a fazer o mesmo. Cansei de correr atrás do futuro, vou voltar para o passado e para o eu que perdi”.
O tema de hoje veio de uma bela mensagem recebida de mais um amigo, Celio Mann. Metade dos argumentos é minha, metade não
“Depois de ter cumprido com muitos desafios, de ter vencido na profissão e encaminhado os filhos, quem não gostaria de uma vida simples e sem complicações? Que tal um adeus definitivo aos compromissos inadiáveis, aos horários marcados, às contas a pagar, jogos de interesse, vaidades e conflitos? Um abandono voluntário antes do compulsório? Vou me curar das fofocas, doenças da sociedade, angústias e depressões. Quero me libertar da tensão crônica dos jornais e noticiosos.
Vivemos no vício da agitação que precisa atribuir um valor monetário a tudo que existe, sem lembrar que ninguém sentirá falta do nosso afastamento. Quem precisa das periódicas constatações de que tudo é vão e inútil quando nos despedimos de pessoas queridas e uma parte de nós segue com elas? De que serve esta maneira de viver que não entendo?
Era tão bom aquele tempo de criança em que simplesmente Deus estava no céu, tudo direitinho no mundo e podíamos sonhar com uma viagem de barco com vento ameno deslizando em direção ao sol. Para onde foi aquele eu que atirava pedrinhas na água com tempo de ver os círculos se formarem e deitava na grama para olhar as nuvens mudando de forma enquanto corriam para o horizonte? Para onde me leva esta pressa? Quero voltar para os dias em que só precisava aprender a tabuada, o nome das cores e não me incomodar com mais nada, pois não tinha a menor ideia de tudo que não sabia.
Vou voltar para o tempo de felicidade em que brincava comigo mesmo até que a mãe me chamasse. Bom mesmo era quando ignorava a existência das coisas que podiam me preocupar e acreditava no poder dos sorrisos, da simpatia, da franqueza e das palavras gentis. Vou voltar a fazer castelos de areia sem lembrar que nada valem em termo de dinheiro. A partir de hoje demito-me da condição de adulto e convido a quem interessar possa a fazer o mesmo. Cansei de correr atrás do futuro, vou voltar para o passado e para o eu que perdi”.
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