quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


Já que as notícias do Oriente Médio não são das melhores (la-men-ta-vel-men-te, diria, soluçando de rir, dona Suzana Bastos Oyhenard), não falemos de futebol, mas vamos ficar com as impressões (de véspera) do cachoeirense Eduardo Minssen sobre a cruzada colorada rumo ao enfrentamento com o terrível Congo (Jornal do Povo, 13/12). O título se revelaria, na verdade, um grito de resistência dos caídos nas areias de Abu Dabi ...

Nada vai nos separar

Eduardo Florence

Foram 16 horas passando do calor e mormaço de Porto Alegre em direção à neve de Istambul. Enfim, Dubai em pleno deserto com um calor tranquilo e repleto de gritos de guerra.

O mar vermelho já dava sinais de vida em São Paulo. Camisetas coloradas e gritos de poder em pleno voo. Apenas fui poupado do “Ah! Eu sou gaúcho!”. Teve um momento que a turba começou a cantar o Hino do Rio Grande do Sul. Imaginem o que pensavam o resto dos passageiros.

Ando às vezes imaginando que o Rio Grande, talvez às custas da exclusão federal, está se transformando não numa Catalunha, com gritos de "Te mata, Barcelona", mas sim num País Basco a serviço de uma ETA qualquer. Temos que analisar um pouco mais o porquê deste gauchismo que anda se exacerbando.

A cidade de Dubai é algo que não pode ser descrita, tudo é construção e poder. 70% dos guindastes da construção civil do mundo estão nesta cidade e ainda não fui a Abu Dhabi.

Foi um susto assistir ao apogeu dos árabes naquilo que fizeram sua história: a arte do comércio, onde ensinaram o mundo no fato do compra-se, barganha-se e vende-se. Será um dos lugares da Terra neste século.

Colorados de camisa vermelha são a maioria e o muito de alegria que os estrangeiros não entendem muito bem o porquê. O mar do Golfo da Arábia está contando histórias de guerras e conquistas.

Amanhã tem safari e jantar nas noites do deserto - de camisa vermelha.

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