domingo, 19 de dezembro de 2010


Tenho que explicar aos de fora: a Planalto (preços), que detém o monopólio da linha Uruguaiana-Porto Alegre, premida pela concorrência do que chamamos cá na aldeia de Genérico (transporte de passageiros pela brecha legal de excursões - diárias - à Capital, por R$ 60), há cerca de um ano criou o que os uruguaianenses chamam de Apartheid, um ônibus em que os passageiros que vão na metade da frente dispõem de internet Wirelles e outros confortos da classe Executivo (não é Leito) e o gado que vai no fundo se acomoda como pode. Nenhum um vereador até hoje reclamou. Nem prefeito. Nem deputado. Nem o Ministério Público jamais ousou entender que a distribuição de passagens-cortesia por intermédio de políticos constitui crime eleitoral e oneração à coletividade de um serviço que é público e concedido. De quebra, os Teixeira, que nunca deram um pneu velho à comunidade, criaram uma linha entre Uruguaiana e Paso de Los Libres. Com a passagem a R$ 5,50, os carros vão e vêm vazios - de gente. Os tanques, cheios. Pneus, novos. No bagageiro? Não sei.

Sei que o trem não pega essa gente, o lobby dos rodoviaristas já deve estar se articulando na ANTT, mas bem que a notícia que o
Jorge Loeffler dá no blog dele poderia ser-lhes um tranco ...

O governo federal vai definir no próximo ano as normas necessárias para que sejam instituídas no Brasil redes de transportes de passageiros. Na sexta-feira, um pacote de medidas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi colocado em consulta pública e, quando aprovado, será o passo inicial para um ambiente mais competitivo nas ferrovias. Embora o foco principal das medidas tenha sido o transporte de cargas, elas abrem possibilidades para a expansão das operações com passageiros, que posteriormente também vão ganhar novas regras.

Entre as normas colocadas em consulta na sexta-feira, uma evita que as empresas detentoras das concessões neguem que outra empresa circule com seus vagões nas suas linhas. Além disso, a agência passará a permitir a criação de empresas que operem unicamente com vagões próprios em redes de outras companhias, explica Bernardo Figueiredo, diretor-geral da ANTT.
Ficará mais viável, por exemplo, para uma empresa oferecer transporte de pessoas, sem ter de investir em novos trilhos.

Um comentário:

  1. Pois é Fernando. E aí entra a praga chamada DAER, aquele mesmo DAER que o Bu$$$$atto disse destinado a arrecadar dinheiro às campanhas eleitorais.
    Faz mais de 10 anos que a maioria da linhas (concessão) estão vencidas. Interssante, não?
    Com vivi naregiãode Santa Maria e viajei pelo pelo Expresso ABC, do Armelindo Bertoglio,cunhado dos Teixeria, ouvi coisas muito intreressantes e que não divulgo aqui por óbvio, mas tem mando breve e via email para que possas saber mais sobre essas pessoas simpáticas e ricas, hoje até mesmo com empresa de aviação comercial(NHT -Linhas Aéreas)

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