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| FOTO DA ZERO HORA |
O massacre ao homem que, na noite de sexta-feira (25), atropelou um grupo que fazia uma espécie de passeio ciclístico-protesto (contra os automóveis) nas estreitas e movimentadas ruas do bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre (rota do Pronto-Socorro, do Clínicas e de um outro hospital, pequeno, que não sei o nome, acho que Ipiranga, mais perto ainda que aqueles), estava anunciado desde as primeiras notícias saídas via internet e rádio. Antes da madrugada, descobriram que o
auto, como dizemos cá em Uruguaiana, fora abandonado. Faltava ainda a identidade do
criminoso (que assim já era chamado). Acho que no sábado mesmo já sabiam de quem se tratava. Prato feito para o plantonista preguiçoso, ou cansado, que anteviu ali dias e dias de notícias prontas, ainda mais que as vítimas eram de uma categoria, por assim dizer, moderna, verde, neo-ludistas que só o que querem é
salvar o planeta. Alguém já imaginou um ciclista conservador? Existe, claro, mas a idéia passada é de que um grupo de Gabeirinhas foi atacado por um
serial killer em plena Porto Alegre. A imprensa precisa desse maniqueísmo. Não deu outra. Quando o funcionário público Ricardo Neis, que costuma integrar o Tribunal do Júri da Capital, se apresentou à Polícia, na segunda, já estava condenado. Não sei o que o moveu, se teve um surto ou se tentou matar e ferir deliberadamente ou se, como alega, fugiu em desespero ao ter seu carro vandalizado pelo bando de bicicleteiros (irracional, como é da natureza de todos os bandos, diga-se).
- O fato é que o massacre está feito, me disse um colega de trabalho dele, agora há pouco.
- E que ninguém cobra da imprensa o mínimo de temperança. De calma. Pois é, no Jornal do Almoço, hoje, vi que a ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, louca pra aparecer e solidária aos ciclistas mas talvez constrangida de atirar a sua pedra, declarou que está "
monitorando o caso". Ora, vá monitorar presídios, ministra! E depósitos de menores, como a FASE! Que maravilha imaginar o que faria a polícia da Holanda, reino das bicicletas, se pegasse essa cambada trancando uma via como a Borges de Medeiros ... E o faria com total respaldo dos Direitos Humanos, de lá, claro!
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