domingo, 20 de março de 2011

  "Os povos de nossos países ergueram as duas maiores democracias das Américas. Ousaram também levar aos seus mais altos postos um afrodescendente e uma mulher, demonstrando que o alicerce da democracia permite o rompimento das maiores barreiras para a construção de sociedades mais generosas e harmônicas."

Assim discursou Dilma, ontem. Tem razão. Ela e Obama são os mais bem sucedidos retratos de uma época em que viceja a ideia de que o indivíduo não existe, não faz história; o que existe e faz história são as categorias inventadas à conveniência dos espertos que pretendem representá-las. Ele, filho de pai preto e mãe branca, o mulato que prefere se vender como o primeiro negro a presidir a América; ela, ungida pelo popularíssimo Lula para provar sua capacidade de eleger até uma desconhecida. Muito antes dele, os negros americanos já eram os negros mais abonados e livres do mundo; muito antes dela, tivemos uma Princesa Isabel, que enfrentou os poderosos do seu tempo (para dar liberdade à negritude) sem jamais ser contestada por ser mulher.   

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