Um amigo avisa que atribuí apenas às terceirizações a inviabilidade econômico-financeira da Santa Casa. Talvez tenha razão. As causas - todas - deveriam ser objeto de uma ampla discussão da sociedade, que até agora ninguém quis fazer. Vale repetir a premissa lógica: como qualquer prestadora de serviço, a Santa Casa tem sua viabilidade financeira atrelada à excelência (e aos lucros) dos serviços que presta, e, como tem caráter filantrópico, precisa atender um Tellechea em quarto VIP para subsidiar o atendimento de quatro chibeiros pelo SUS. Não sendo assim, quebra. Como quebrou. Então, mesmo substituindo a atual administradora por alguém sem problemas éticos, que esteja à disposição os sete dias da semana (seis, cinco, já estaria bom), que não esteja disposto a fazer da Santa Casa um puleiro seguro a parentes e protegidos e tenha, sobretudo, polidez e educação no trato com médicos e enfermeiros, mesmo com tudo isso, fica faltando uma coisa: que aos médicos não seja permitido atender só pacientes do 5º andar (os de internação particular). Quer atender particular, tem que atender, também, pelo SUS. Simples assim.
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