sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ontem foi o dia que o governador Tarso Genro (PT) resolveu ceder para não se desmoralizar mais ainda face às diárias evidências de que não tem autoridade alguma perante a Brigada Militar: ofereceu aumento, de sargento para baixo. Até agora, mais de um mês depois que começou a queima de pneus pelas estradas, algum inquérito foi aberto ? Algum meliante fardado foi indiciado, ou punido administrativamente? Trata-se de uma minoria que ganhou na militância petista e sindical a licença moral para tais atos; afinal, é da doutrina de esquerda que política se faz pelo tensionamento da legalidade, quando convém. Isso para os que têm bons modos, os mais moderados, claro. (Não esqueçamos que, dias depois do 11 de Setembro, a então deputada Luciana Genro comemorou o episódio na tribuna da Assembléia Legislativa. E que não foi na rua que aquele anjo aprendeu esses valores ...)
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O que resta a outras categorias, como a dos professores, que acreditaram que Tarso implantaria o Piso Salarial Nacional - que criou quando ministro da Educação? Queimar classes, cadeiras e livros para convencer o governador?
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Tivesse peito e autoridade moral, Tarso, depois de punir alguns, embretaria todos: o aumento será do tamanho da economia que obteremos com a extinção do Tribunal de Justiça Militar, essa excrescência institucional que o Tribunal de Justiça do Estado, em tempos mais sensatos, idos de 2008, 2009, já quis extinguir. Mas aí não seria o Tarso Genro que conhecemos ...

3 comentários:

  1. Caro Fernando não tenho eu procuração para defender o Governador e penso que ele não precise. Essa instituição, polícia PREVENTIVA OSTENSIVA que absurdamente tem nome próprio vem, faz muito tempo, apodrecendo a olhos vistos para os mais atentos observadores. Tudo eles querem para si a fim de se tornarem uma ”forte” instituição. Ela tem hotéis de veraneio aqui no litoral norte, hospitais, fazendas e até olarias e ainda esse tribunalzinho ordinário que apenas existem em três estados da federação. Em 1935 absorveram o Corpo de Bombeiros. No Rio de Janeiro isso é função da Secretaria de Saúde assim como a Defesa Civil que aqui é “militarizada”. Ano passado assisti na TV Senado que é um dos poucos privilégios que me dou uma entrevista do cretino Gilmar Mendes em que ele dizia que o CNJ havia descoberto que tinha 180 membros dessa polícia servindo ao TJ/RS como motoristas e até alguns cuidando de fazendas de Desembargadores. Há hoje na AL uma montanha deles e de professores também me foi dito por um profissional de imprensa com quem bem me relaciono naquela Casa Legislativa.
    Eles estão também no TCE, no MP onde fazem de conta que qualificados a investigar, pois o MP tem muitos de seus membros vocacionados à investigação, mas não prestaram concurso público ao cargo de Delegado de Polícia por que os salários destes são irrisórios diante dos seus subsídios. Embora o STF absurdamente tenha permitido que o MP investigue na área criminal, pois não há quadro para tal em sua estrutura. Por isto existe a Polícia Judiciária o que bem sabemos. E por certo nenhuma AL neste país irá criar um quadro próprio a esta pretensão do MP, pois estaria criando uma segunda instituição à mesma atividade, verdadeira aberração. No governo passado essa polícia montou duas quadrilhas bem identificadas no governo da paulistana. Uma delas tinha mais de uma dúzia de membros e chefiada por um coroné que tão logo o Delegado de Polícia, titular em Alvorada descobriu foi aposentado rapidamente e por certo com uns 25 mil por mês. Essa quadrilha roubava telhas destinadas aos infelizes vitimados por intempéries e as vendia a comerciantes ordinários na grande Porto Alegre. Gente que assim se comporta penso que só mesmo enforcando. O primeiro chefe dessa Polícia no governo passado igualmente era ordinário, pois para passar fins de semana com sua família em Ijui embolsava diárias às quais não tinha direito. Felizmente o tribunalzinho particular o condenou a dois anos e meio de cadeia. Não posso esquecer ainda que há muitos deles pelo mundo pagos por nós como observadores “militares” da ONU.
    Há ainda muitas coisas absurdas nessa instituição, mas encerro por aqui, pois penso ter demonstrado o tamanho do problema. No Congresso Nacional tramita uma PEC que passa à esfera das Prefeituras o policiamento ostensivo.

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  2. Baderna feita por gente armada e com poder de polícia deve ser severamente punida, mas para isso são necessárias duas qualidades do governante eleito: Compromisso com a legalidade e a lei, e coragem. Acho que as duas faltam a Tarso.
    Marcos Oyhenard

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  3. Não creio que falte coragem ao Tarso. Ele está executando orçamento que não o seu. O seu para ser executado ano vindouro ainda deverá ser votado. Ele recebeu essa instituiçãp completamente apodrecida, como jamais imaginei pudesse ocorrer. Ele terá que fazer uma limpeza nela e de cima para baixo.

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