As fotos são do Presídio Central de Porto Alegre. Estão na Zero Hora on line. Atualíssimas. Há muitos governos é assim? Sim, é. E as pessoas, em verdade, não se importam que assim seja porque entendem que preso tem mais é que sofrer. Mas um vigarista político, que se jacta humanista, convenceu os gaúchos que com ele seria diferente, que acreditava na ressocialização de apenados e que esta não seria viável num ambiente sem um mínimo de dignidade. Esse sujeito se chama Tarso Genro e foi ministro da Justiça antes de ser governador. (Em nenhum dos cargos construiu um único presídio no RS.) Esse sujeito foi capaz de mandar à Assembléia Legislativa, em regime de urgência ante à epidemia do crack e sob o pretexto de que não dava para esperar a burocracia da realização de um concurso, projeto criando cargos em comissão num instituto que pretendia combater a drogadição. Seis meses depois tais CCs estavam lotados no Palácio Piratini, transformados em instrumentos partidários. Esse sujeito foi capaz de melar dois anos de investigação sobre o tráfico de drogas porque queria desesperadamente salvar um companheiro que é prefeito de São Leopoldo e que seria capa da Zero Hora de domingo passado por causa dum baita escândalo de corrupção se não fosse deflagrada de forma irresponsavelmente precipitada, nas coxas, sexta-feira, 30/3, a Operação Navalha, a maior da história do RS, que prendeu 79 pessoas - que tiveram que ser soltas já que não foi encontrado com elas uma única grama de maconha, cocaína ou crack, um único cartucho de mosquetão, ou bala de 22, do que fosse, nada mesmo (está claro que alguém da alta cúpula da Polícia Civil assobiou algo ...). Esse sujeito tem aura de intelectual e de sério e gosta muito de usar o vocáculo "republicano" para ilustrar sua retórica, mas topa aparelhar o Estado como ninguém. Esse sujeito chama-se, repito, Tarso Genro.