domingo, 24 de janeiro de 2010

DO (ÓTIMO) JORNAL DO POVO


CACHOEIRA DO SUL - RS Edição de sábado e domingo, 23 e 24 de janeiro de 2010



Comunismo ou socialismo?
O mundo não raivoso evolui para a social-democracia

Gilberto Scopel de Morais

Comunismo pressupõe que tudo é de todos, governados democraticamente. Seu grande exemplo foi a revolução russa de 1917, quando os bolchevistas de Lênin instauraram o regime fuzilando às escondidas toda a família do czar Nicolau II. Junto, seu filho de nove anos, o que originou a fama dos comunistas matarem criancinhas.

Ao longo do século XX o marxismo não deixou dúvidas sobre seu perfil: superou o nazismo, derramou tonéis de sangue onde se instalou, mais ainda para se manter, rapidamente se transformou em ditaduras e só socializou a pobreza.

Como é um ideário romântico, seus erros não são vistos inicialmente pelos jovens. É vendido como panacéia para a corrupção e desigualdade, mas depois de instalado, quando os ventos revolucionários terminam e o dia a dia precisa ser vivido, começa a cheirar mal. Leva anos se decompondo, junto com as pátrias que contamina.

A ruína comunista começou com o sindicato Solidariedade e a mão de João Paulo II. A Polônia, quem diria, salvou o mundo. A queda do Muro de Berlin precipitou o devastador efeito dominó sobre a Europa Oriental que esfacelou a União Soviética. Uma imensa revolução exangue, nunca identificada na história.

Neste início de século XXI, há uma inacreditável versão capitalista do comunismo chinês, Fidel continua de pé sobre os escombros de si mesmo e de sua pobre ilha e a Coréia do Norte continua sem explicação. Hugo Chávez empurra com truculência seu marxismo venezuelano que só terminará quando ele terminar. O mesmo não se pode dizer do comunismo-cocaína da guerrilha colombiana e o dos sem-terra brasileiros que ainda não viraram guerrilheiros de fato.

A disputa Serra-Dilma definirá os rumos da América do Sul. Até lá, Lula continuará muito mais maneiroso do que Chávez, sabendo como ninguém distribuir dinheiro em troca de votos nacionais e internacionais. Se quiser, será o primeiro secretário-geral da ONU que não sabe falar língua nenhuma, nem a própria.

Enquanto isto, o mundo não raivoso evolui para a social-democracia e fica cada vez mais claro que a riqueza das nações é o maior antídoto contra o extremismo. Ainda bem que o Brasil tem o destino da riqueza.

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