segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ALÉM DO ALEGRETE ...


Curitiba, considerada um bem sucedido laboratório de soluções em urbanismo, é fruto do compromisso daquela comunidade de jamais retroceder. De, independentemente do resultado das eleições, seguir exigindo que a cidade seja pensada (e repensada) como um organismo vivo em constantes crises e mutações - e desafiador do esforço do administrador do turno para, ainda que por vaidade ou interesse político, não se revelar um mediocre burocrata perante a memória da revolucionária gestão de Jaime Lerner.

Uruguaiana precisa a começar a se preocupar com o futuro. Como será nossa cidade após a Era Sanchotene Felice? Não sabemos, mas se a comunidade tiver se tornado mais exigente, pouco importará o nome do próximo prefeito - desde que não seja um alcaide já testado, desses que andam se assanhando ... Para isso, é preciso que (ela, a comunidade) saiba o que quer. Que saiba o que pode ser melhorado, adaptado, planejado para daqui 10, 20, 30 anos. E com certeza não será da mentalidade tacanha e atrasada de quem nos legou ruínas, como as da antiga Santa Casa, simbólicas de um todo, que sairão luzes ... Estas, quando não estiverem aqui, na riqueza e sabedoria da própria comunidade, devem ser buscadas no que de mais moderno houver mundo afora.

A Conferência Internacional de Cidades Inovadoras, que se realizará em Curitiba de 10 a 13 de março próximo, é uma boa oportunidade para olharmos além dos nossos muros.

Passou o tempo em que olhar além dos muros era espiar o Alegrete ...

Um comentário:

  1. Fernando,

    as liderancas politicas de Uruguaiana podiam começar lendo o livro O Cinema e a Invenção da Vida Moderna. Dá para buscar inspirações ali, em exemplos relativos ao final do século 19 e meados do século 20...

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