terça-feira, 23 de novembro de 2010

Outro negócio a que consultor algum daria aval é a Casa do Coco. Na Bahia? Em Alagoas? Não, em Santa Cruz do Sul, RS. Travesseiros com lascas da casca (para o pessoal que cultiva orquídeas), cucas de coco, água-de-coco, rapadura de coco queimado, coco ralado congelado (sacos de 2Kg, de um, de meio), leite e gordura de coco, tudo. Não sei da onde nem quando Hildegard Pick, uma alemoa com idade pra ser avó (talvez bisavó, que as alemãzinhas fervem ...), tirou know how para comprar duas ou três toneladas de "cada fez" e ir "fassendo de tudo com o coco", como me disse ontem à tarde. - Veja o custo de transporte, a logística ... Isso não vai dar certo! - A senhora tem que agregar valor nalgum produto aqui da região, que o pessoal esteja acostumado! Parece que vejo os profetas ...
Fica a uns duzentos metros da Igreja Luterana e talvez a ética protestante tenha muito a explicar desse espírito empreendedor, mas acho que não tanto. Há algum componente que pode ser que a neurociência ou a psicologia venham decifrar, creio eu.
O fato é que esses gerentes de banco que escolhem pelo peso das matrículas a meia dúzia de beneficiários (sempre os mesmos ...) do dinheiro "com jurinho diferenciado" da meta a cumprir, ignoram as Hildegards ...
E fariam a porta giratória devolver à rua alguém que informasse que do lado esquerdo do seu estabelecimento, contíguas, funcionam, desde as primeiras horas da tarde, duas tasquinhas, a Drinks e a Paradise, com moças na janela dando oi ...
Por que a patroa estava junto, tive que me fazer impávido e sério a ponto de não merecer saudação alguma das amigas que, nos idos de 2003, 2004, tanto testemunharam as urgências da minha fome - por derivados da dita fruta, bem entendido.

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